Roteiro “ferroviário”: Andando nos trilhos

Roteiro “Ferroviário” oferece belas paisagens, lugares aconchegantes, curiosidades e, é claro, opções de terrenos de todos os tipos para os motociclistas curtirem suas máquinas

Fonte: Moto Adventure

Fotos: Marco Mendes

Big Trip

Próximo à capital paulista, este roteiro, indicado para motociclistas iniciantes, permite uma viagem na história ferroviária de São Paulo, com paisagens deslumbrantes, diversas opções gastronômicas e, se não fosse ainda o suficiente, você poderá ver de perto o mais bonito e radical do off-road em motos. O percurso tem início na região conhecida como Alto Tietê, a partir de Mogi das Cruzes, e finaliza no início do Vale do Paraíba, em Santa Branca, com aproximadamente 120 quilômetros.

Corrida do ouro

Antes da fundação do povoado de Mogi das Cruzes, o bandeirante Braz Cubas, no ano de 1560, havia se embrenhado pelas matas do território mogiano, às margens do Rio Anhembi, hoje Tietê, à procura de ouro. O bandeirante abriu o primeiro caminho de acesso de São Paulo a Mogi, dando início ao povoado, que foi elevado a vila com o nome de Vila de Sant’Anna de Mogi Mirim. A oficialização ocorreu em 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da cidade.

Mogi das Cruzes possui potencial para o turismo rural, ecoturismo e turismo de aventura, além de locais históricos, de uma cidade de 455 anos. O município é o maior produtor de caqui, nêspera, cogumelo, hortaliças e orquídea do país, e muitos produtores recebem os visitantes, que podem conhecer sua rotina de trabalho. Os principais pontos turísticos da cidade são o Casarão do Chá, a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, a Mesquita Islâmica, o Orquidário Oriental, o Parque das Neblinas e o Pico do Urubu.

Roteiro Ferroviário. Foto - Marco Mendes

Roteiro Ferroviário. Foto – Marco Mendes

O roteiro

Para chegar ao ponto de início da nossa aventura, em Mogi das Cruzes, você deve pegar a Rodovia Mogi-Dutra (SP-088). Essa estrada pode ser acessada na Rodovia Presidente Dutra ou pela Rodovia Airton Senna. Após a descida da serra e chegada a Mogi, acesse a saída “B”, siga pela Avenida Perimetral até o final e, no entroncamento, siga à esquerda na Avenida Francisco Rodrigues Filho/Rodovia Henrique Eroles (placas para Botujuru/Guararema). Após 4,5 km nessa estrada você chegará a uma rotatória em cujo centro da área ajardinada há uma pequena estátua de um motociclista off-road.

Entre à esquerda na estradinha de terra e aproveite para fazer uma visita à Fazenda ASW Off-Road Park. O local possui pistas para prática de diversas modalidades de motociclismo off-road, onde é possível encontrar pilotos profissionais e amadores em treinamento. Ali há banheiros e food truck. Após a visitação, retorne à rodovia, prossiga até o km 66 e pegue a direita em direção a Sabaúna. Siga até a linha do trem, cruze e siga à direita. Aqui cabe uma dica: a partir deste ponto, você poderá utilizar como referência as placas redondas que indicam a “Rota da Luz”.

Rota da Luz

Essa rota faz parte do programa “Caminha São Paulo”, da Secretaria Estadual de Turismo, como proposta de uma jornada de fé, reflexão, contemplação e meditação. Seu trajeto foi concebido para garantir o bem-estar e a segurança dos caminhantes, que antes realizavam suas romarias até Aparecida pelo acostamento da via Dutra (rodovia de grande movimento, que impunha grandes riscos aos caminhantes). Dessa forma, buscou-se um caminho alternativo: são 201 km de estradas secundárias, passando por nove municípios paulistas. O caminho é autoguiado e, ao final do seu percurso, um certificado pode ser emitido aos participantes.

Roteiro Ferroviário. Foto - Marco Mendes

Roteiro Ferroviário. Foto – Marco Mendes

De volta ao roteiro

No centrinho de Sabaúna aproveite para uma visita ao Museu Ferroviário, que fica em uma pequena e antiga estação. Prossiga em direção ao cemitério, até o início do trecho de terra, e siga pela Estrada Sabaúna-Luís Carlos. Ao chegar a essa antiga estação ferroviária, que hoje é utilizada em passeio turístico de “Maria Fumaça”, nos finais de semana, a partir da Estação Guararema, aproveite para fazer uma visita, pois o trabalho de restauração do vilarejo foi primoroso, com museus, praças, igrejas e restaurantes. Um local extremamente bonito e agradável.

Atravesse o vilarejo e siga até a primeira estrada de terra à direita. Siga pela Estrada Municipal Romeu Tanganelli para Guararema. Chegando próximo da cidade o terreno volta a ser pavimentado. Ao final, chegaremos à Estação Guararema. E, no entroncamento, siga à direita sentido Pedra Montada/Santa Branca pela Estrada Municipal Dr. Hércules Campagnoli. Essa estrada, em parte do seu percurso, é sem pavimentação. Ao final, chega-se em Santa Branca e, então, se dá o final do trecho aventureiro, com início do calçamento.

Santa Branca

Localizada no Vale do Paraíba, a 91 km da capital paulista, com natureza privilegiada, Santa Branca é cortada pelo Rio Paraíba do Sul. A cidade ainda preserva parte de sua arquitetura, especialmente no centro e nas fazendas mais antigas. Conhecida como cidade presépio, pelo grande número de alegorias referentes ao nascimento de Jesus, ocupando principalmente a sua encosta ocidental em uma área de relevo montanhoso e pertencente à Serra do Mar, apresenta um clima temperado com inverno. O seu clima é um dos atrativos da população flutuante vinda dos centros urbanos, que nos finais de semana e feriados prolongados procuram a tranquilidade e o ar de campo de Santa Branca.

O turismo rural desponta como grande oportunidade de desenvolvimento da cidade, que possui hotéis, hotéis fazendas, pousadas, restaurantes com a cozinha típica do interior, chácaras para locação e eventos, produção de cachaças artesanais, licores, vinhos, doces caseiros, etc. Principais pontos turísticos: cachoeira do Putim, Capela São Sebastião, Edifício Ajudante Braga, Igreja do Rosário, Igreja Matriz de Santa Branca, Mercado Municipal, Ponte Metálica e Toca do Leitão.

Roteiro Ferroviário. Foto Marco Mendes

Roteiro Ferroviário. Foto Marco Mendes

Voltando para casa

Atravesse a cidade sentido Jacareí/São Paulo e siga pela Avenida Roberto Ugolini/Rodovia Carvalho Pinto- Fazenda Caetê e siga até a Rodovia Carvalho Pinto, que permitirá o acesso para São Paulo ou Rio de Janeiro.

Mas vamos sugerir uma última visita ao final da tarde. Saindo de Santa Branca, após cruzar a ponte sobre o Rio Paraíba do Sul e passar pelo Restaurante Rivers, ao lado direito da estrada, pegue a saída à direita sentido Hidrelétrica Santa Branca. O acesso à barragem não é permitido, mas vale uma parada aos 100 metros da portaria na margem do rio para curtir a paisagem deslumbrante. Até a próxima aventura!

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