Jonathan Rea (#1), da equipe Kawasaki Racing Team, é o campeão da temporada 2016 do Mundial de SuperBike. O piloto norte-irlandês obteve seu segundo título consecutivo ao lado da escudeira japonesa e confirmou a vitória na disputa da etapa final do campeonato, realizada no circuito de Losail, no Qatar, neste final de semana. O competidor de 29 anos se tornou bicampeão do Mundial logo no fim da primeira corrida da rodada, disputada neste sábado (29), quando encerrou a prova na vice-liderança e somou os pontos necessários para, matematicamente, garantir o título.

“É incrível eu ter vencido o campeonato ficando na frente de ponta a ponta. Estou muito feliz e orgulhoso com nosso trabalho, por que a motocicleta é muito recente. Ganhar no primeiro ano do lançamento de um novo modelo é incrível e eu quero agradecer muito à Kawasaki pela construção de uma moto tão boa. Realmente eu me senti como se tivéssemos que ganhar o campeonato este ano. Por isso tenho que agradecer a todos da minha equipe que me deram suporte”, comentou Rea, logo após o encerramento da prova.

Jonathan Rea realizou uma grande campanha nesta temporada. O piloto conquistou nove vitórias, nove segundos e cinco terceiros lugares em 26 provas disputadas. Ou seja, ficou entre os três primeiros em praticamente todas as corridas. Na rodada final, no Qatar, o então campeão garantiu mais uma pole position para a carreira e se manteve no pódio nas das provas com um segundo e um terceiro lugares respectivamente. Na bateria final, já detentor do título, ainda demonstrou grande espírito de equipe ao deixar seu companheiro, Tom Sykes (#66), que vinha alguns segundos atrás, tomar sua posição e com isso garantir o vice-campeonato.

A Kawasaki não poderia ter tido um resultado melhor nesta temporada. A escuderia já havia faturado o título de construtores antecipadamente, na rodada da Espanha, e na segunda corrida do Qatar, Sykes confirmou a dobradinha da equipe japonesa e garantiu por apenas dois pontos a segunda posição no campeonato. O piloto britânico entrou na disputa da etapa final ainda com chances matemáticas de conquistar o título, porém, seu maior desafio foi conter os avanços de Chaz Davies (#7), da Aruba.it Racing – Ducati, que vinha forte nas últimas rodadas e diminuía constantemente a diferença de pontos para ele.

Na primeira bateria do Circuito de Losail, Sykes foi apenas quarto colocado enquanto Davies venceu a prova e pôs ainda mais pressão sobre ele. Neste momento, a diferença entre dois estava em apenas sete pontos. A segunda corrida seria decisiva. E a prova rendeu grandes emoções. Ainda na primeira volta, Davies e Jonathan Rea, que vinham disputando a liderança, acabaram se tocando e o piloto da Kawasaki levou a pior e precisou fazer uma parada nos boxes. Com isso, perdeu muitas posições e voltou para a prova somente em 13º lugar. Já Sykes herdou a vice-liderança e iniciou a perseguição ao piloto da Ducati. Porém, na sétima volta, a prova foi interrompida com bandeira vermelha para que um vazamento de óleo na pista fosse limpo.

Com a nova largada, Rea reiniciou sua escalada por posições e, rapidamente, saltou de quinto para terceiro e em seguida tomou a vice-liderança de seu companheiro de equipe, Tom Sykes. Tudo indicava que este seria o resultado final da prova. Entretanto, a configuração colocava Chaz Davies, que vinha na liderança da corrida, na segunda posição no classificatório. Porém, este cenário mudou. Na volta final, Rea afrouxou o punho e permitiu que Sykes, que vinha alguns segundos atrás, o ultrapassasse e com isso garantisse a segunda posição na corrida e também no campeonato.

Na classificação final, Jonathan Rea consolidou sua liderança com 498 pontos e Tom Sykes faturou o vice-campeonato com 447 pontos, apenas dois a mais que Davies. Já na disputa entre construtores, a Kawasaki abriu uma ampla vantagem e faturou o título com 582 pontos.

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